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Espondilite Anquilosante e o Pilates


A espondilite anquilosante (EA) é uma doença inflamatória crônica classificada no grupo das espondiloartrites que acomete preferencialmente a vertebral, podendo evoluir com rigidez e limitação funcional progressiva do esqueleto axial. A EA envolve adultos jovens, com pico de incidência em homens dos 20 aos 30 anos.


Inicialmente, apresenta dor axial intensa, limitando alguns movimentos, ocorrendo retificação lombar e aumento da cifose torácica e retificação da cervical, com projeção da cabeça para frente (anteriorização).


À medida que ocorre o aumento da rigidez na coluna, a pessoa começa a inclinar-se para frente, e as vértebras podem fundir-se, tornando a coluna extremamente rígida.



Alguns sintomas comuns da EA:

  • Dor na coluna, podendo ser em toda sua extensão ou em partes específicas,

  • Dor e rigidez no quadril,

  • Rigidez matinal (rigidez ao acordar),

  • Dificuldade na expansão completa do tórax (respiração profunda),

  • Cansaço,

  • Inflamação nos olhos,

  • Dor nos calcanhares.


O tratamento não medicamentoso é essencial e deve ser sempre levado em consideração. Seus dois princípios fundamentais são educação do paciente (promover o conhecimento da doença e atitudes perante a patologia) e realização de exercícios físicos.


Exercícios regulares e contínuos são fundamentais, mesmo que a EA seja de natureza crônica.

Um estudo mostrou que a fraqueza dos músculos periféricos dos membros especialmente o quadríceps femoral (localizado na coxa) poderia ser um dos mais importantes determinantes da intolerância ao exercício em pacientes com EA.


Os exercícios resistidos são atualmente usados em vários estudos. Eles podem ser feitos com pesos livres, faixas elásticas ou aparelhos de pilates.


No método pilates, as aulas serão direcionadas ao ganho de mobilidade articular, flexibilidade, alinhamento postural e ao ganho de força, especialmente de musculatura extensora da coluna, e alongamento da musculatura flexora, bem como exercícios de expansão da caixa torácica.


Através desse método, o aluno sentirá alívio das dores e sintomas citados acima, promovendo uma melhora na qualidade de vida e restauração da vitalidade física.


‘’Paciência e persistência são qualidades vitais no resultado final para realizar algum esforço que valha a pena.’’ Joseph Pilates.

Se você conhece alguém que sofre com a Espondilite Anquilosante, você sabe o quanto essa doença limita o dia a dia, gerando danos inclusive no âmbito emocional!


Uma atividade física de qualidade, direcionada, como acontece em boas clínicas de Pilates, é essecial para a retomada da qualidade de vida de um paciente com EA. Por isso, é dever de todos nós espalhar informação e incentivá-los a essa prática!


Ficou com alguma dúvida? Deixe aqui seu comentário! Ficarei feliz em compartilhar mais sobre esse assunto!



Autora:


Dra. Francieli Mortari da Silveira

CREFITO 250448-F


Fisioterapeuta, pós graduanda em Terapias Manuais e Instrutora de Pilates no Zentrum Pilates e Bem-estar, Brusque/SC.

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